Nas entrelinhas do horizonte

Para encerrar esse CC, cada grupo de estudantes produziu uma obra de cada tema tratado durante o quadrimestre, totalizando 4 feitos; mariposas, fractais, pavimentação e lusonas. Inicialmente todos ficaram muito apreensivos com essa prática, mas no final fizemos uma rede de trocas muito rica em invenções criativas regadas a comilância. Ultrapassamos esse dogma de que poucas pessoas têm ''dons artísticos''. Na verdade, todos temos a capacidade de desenvolver competências e expelir conhecimentos - nesse caso matemáticos e culturais - através das artes. Só precisamos ter estímulos, paciência e capricho. Ao visitar a exposição de outras turmas acabamos por conhecer nossos colegas estudantes de outra cidades, e tudo isso possibilitou a partilha de todas as nossas sensações ao confeccionarmos os objetos, as nossas dificuldades e os nossos anseios.













Nossa produção contou com mariposas em tapete, origamis fractais, pavimentação em formato de tartaruga feita com pentágonos do cairo decorados com a flor do cacau, lusonas contando mitos do saci pererê e do peixe que ensinava a nadar.













Nessa reta de finalização do CC, as palavras faltam pra expressar a gratidão... Nada para um estudante que descobre que pode ir mais, muito mais além. Nenhum padrão o detém. Nada fixo o prende. Esse CC nos trouxe a habilidade de buscar ler as coisas criticamente. De imprimir a marca da nossa vida em tudo que fizermos, valorizando-a, amando-a. Eu acho que na hora que os docentes se põem a ministrar um componente como esse, nem imaginam que estão indo muito para além da matemática. O trabalho vai indo em direção a sensibilidade, a emancipação, a formação e a transformação do ser humano. Obrigada!

''Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comu
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter...''
Engenheiros do Hawaii


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